1- APRESENTAÇÃO
No ano de 2007, Antônia Alves de Oliveira, dona-de-casa, juntamente com outros voluntários, criaram a ONG ONGAV (ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL AMOR E VIDA), para atender aos jovens de sua comunidade, uma vez, excluídos da sociedade. Essa ONG Tem como missão contribuir para o desenvolvimento humano, social, cultural dos jovens em situação de risco, atendendo também, seus familiares, promovendo cursos profissionalizantes, cursos de formação e cidadania. A ONG é sem fins econômicos.
A nossa ONG desenvolve ações como oficinas / palestras. Primamos em favorecer aos assistidos, condições de um futuro de auto sustentabilidade e conseqüentemente ações de cidadania /auto-estima.
2- JUSTIFICATIVA
O tema juventude adquire visibilidade crescente nos últimos anos no Brasil. Aumentou o peso relativo dessa categoria etária na população. Os brasileiros entre 15 e 24 anos somam hoje 34 milhões, representando cerca de 20% da população brasileira.
Os jovens ocupam o centro de questões que comovem o país, tanto no que diz respeito aos problemas gerados pelo agravamento das desigualdades, como no que se refere à esperança de novos caminhos para nossa evolução social, com valores e padrões éticos superiores aos que predominam hoje.
É possível afirmar que os jovens estão entre as principais vítimas do tipo de desenvolvimento econômico e social observado nas últimas décadas, que aprofundou os problemas da exclusão. Aumentou o desemprego e a precariedade da ocupação profissional nesse segmento. Segundo dados do IBGE, cerca de 3,7 milhões de jovens estavam sem trabalho em 2001, representando 47% do total de desempregados do país. A taxa de desemprego aberto para os jovens estava em torno de 18%, quando a média brasileira era de 9,4%[1]. Os dados estatísticos são eloqüentes também quando revelam o déficit educacional que atinge a juventude. Apesar de ter crescido o nível geral de escolaridade em comparação com as gerações anteriores, 17 milhões, isto é, mais de metade dos jovens brasileiros entre 15 e 24 anos, não estudavam em 2001. E somente 42% da população nessa faixa etária chegaram ao ensino médio, hoje considerado nível básico de escolarização.
Todos esses fatores são responsáveis pela exclusão da nossa juventude, para solucionar tal problema são necessárias várias e mais variadas Políticas Públicas voltadas para a inclusão e formação da Juventude brasileira. Apesar dos avanços nos últimos anos, há ainda quantas crianças sem escola, sem saúde (milhões); quantas outras abandonadas nas ruas ou em instituições, por omissão dos pais e da família; quantas sofrendo abusos sexuais e violências domésticas; quantas exploradas no trabalho, no campo e na cidade, sendo obrigadas a trabalhar em minas, galerias de esgotos, matadouros, curtumes, carvoarias, pedreiras, lavouras, batedeiras de sisal, no corte da cana-de-açúcar, em depósitos de lixo e etc, muitas vezes por ação dos pais e por omissão do Estado.
Isto significa que estes jovens das periferias foram criados em contextos extremamente violentos e sem as menores condições de vida digna. Diante desta forte associação entre delinqüência e contexto de socialização, como argumentar que se tratou de uma "opção" pela marginalidade e querer responsabilizar individualmente o adolescente por "decidir delinqüir?” Não podemos cometer o erro de acreditar que alguém tenha desejado esta situação para si. Enfim, a maior violência de que este país padece é a apartheid social, criado pelo fosso abissal da exclusão. Essa barbárie, de desigualdade se dá quando a classe mais pobre é negada o acesso aos bens necessários há uma vida digna e à cidadania.
2.1- ALGUNS NÚMEROS
Os dados a respeito da renda mostram acentuada desigualdade e indicam a condição de pobreza em que vive a maioria dos jovens brasileiros. Apenas 41,3% dos jovens viviam, em 2000, em famílias com renda familiar per capita de mais de um salário mínimo, sendo que 12,2% (4,2 milhões) viviam em famílias com renda per capita de até ¼ do salário mínimo.
A PNAD de 2001 mostrava que, dos jovens entre 16 e 24 anos, 21% apenas estudam 5% estudam e procuram emprego 19% estudam e trabalham 35% apenas trabalham 6% não estudam e procuram emprego. 14% não estudam, não trabalham e nem procuram emprego.
Menos da metade (45%) dos jovens estuda, enquanto 65% estão no mercado de trabalho, ocupados (54%) ou procurando emprego (11%); sendo que apenas um quarto deles – 24% na interseção – estudam e trabalham ou procuram emprego.
Considerados no seu conjunto, esses dados acusam, logo de cara, que os jovens brasileiros enfrentam graves problemas de exclusão escolar, assim como necessidades e dificuldades frente ao mercado de trabalho. Cabe salientar que o mais alto grau de exclusão social se expressa na situação dos jovens que não estudam e não trabalham, nem procuram emprego, representando 14% do total, ou seja, um número próximo a cinco milhões de jovens brasileiros.
3- OBJETIVOS GERAIS
Como vimos à situação do Jovem brasileiro é caótica. A exclusão é clara e entristecedora. Por esse motivo, todas as esferas do nosso país, Estado, sociedade, poder público, devem se unir para enfrentar e solucionar esse grave problema.
E é nesse caminho que nossa ONG, busca por meio dos nossos trabalhos desenvolvidos, a inserção desses jovens na sociedade.Qualificando-os, oferecendo-lhes estágios, por meio de parcerias (órgãos públicos e privados), com encaminhamento ao mercado de trabalho.
E no nosso estatuto, os nossos objetivos são extremamente claras nas nossas clausulas, como descrito abaixo:
1. promover atividades de assistência social, filantrópica e de utilidade pública, sem fins lucrativos;
2. promover a proteção à família, a infância, a maternidade, a adolescência e a velhice;
3. promover amparo às crianças e adolescentes carentes;
4. promover a prevenção, a habilitação, à reabilitação e a integração a vida comunitária de pessoas portadoras de deficiência;
5. promover assistência educacional;
6. promover a integração ao mercado de trabalho;
7. promover a cultura,a defesa e a conservação do patrimônio histórico e artístico;
8. atender e assessorar os beneficiários da lei orgânica da assistência social e a defesa e garantia dos seus direitos;
9. promover as seguranças alimentar, nutricional e o combate a fome e a pobreza;
10. promover a defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
11. promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
12. promover estudos e pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimento técnicos e científicos;
13. promover em parceria com instituições públicas e privadas, construção de centros de pesquisas, centros de ensino, esporte e laser ou outros centros de desenvolvimento institucional;
14. promover educação, o apoio ou a manutenção do ensino técnico, profissional e profissionalizantes em todos os níveis, e a realização de cursos, palestras, treinamentos, seminários, congressos, conferencias e outros eventos de caráter educacional em qualquer nível;
15. promover o esporte amador e o laser como forma de inclusão social;
16. promover coordenar e executar programas, projetos e ações nas áreas das ciências sociais e da educação, voltada para a melhoria das condições de vida de populações carentes;
17. promover assessoramento técnico para o desenvolvimento de programas, projetos e ações sociais, de educação e de qualificação profissional;
18. apoiar, técnica e administrativamente, entidades públicas e particulares que atuem na formação, orientação, coordenação e execução de políticas, programas e ações voltadas para assistência social a populações carentes.
Nossa missão é contribuir para o desenvolvimento humano, social, cultural dos jovens em situação de risco, atendendo também, seus familiares, promovendo cursos profissionalizantes, cursos de formação e cidadania.
Nosso objetivo é a inserção desses jovens na sociedade e que os mesmos voltem a sorrir, sonhar, enfim VIVER dignamente.
4- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4.1- REGIME DE LIBERDADE ASSISTIDA
A Liberdade Assistida é uma medida sócio-educativa que visa reintegrar na sociedade o adolescente que cometeu ato infracional e, como critério para essa condição, é necessário que esse adolescente esteja freqüentando regularmente uma instituição escolar.
A ossa ONG, escolheu trabalhar com os adolescentes em conflito com a lei em regime de liberdade assistida,por entender que é a forma mais humana e pedagogicamente a mais promissora de abordagem educativa aos jovens infratores. A razão disso está no fato de que o melhor lugar para se educar para o convívio social é no próprio convívio social.
A liberdade assistida, quando bem orientada, permite uma saudável reestruturação do cotidiano do adolescente, criando-se para ele uma agenda onde seu tempo e sua energia serão canalizados de forma construtiva na direção de uma inserção social não-conflitiva com a lei. Nesse sentido, que nossa ONG, que trabalhar, ou seja, vamos buscar acompanhar o adolescente na vida escolar e ofeecer oficinas de Serigrafia e Corte-costura para a profissionalização e geração de renda, avaliando periodicamente seu percurso no cumprimento da medida de Liberdade Assistida.
O nosso projeto, além de atender o jovem que cometeu a infração, concede apoio assistencial e psicológico para os familiares, que muitas vezes precisam de ajuda por estarem em situação de conflito por vários motivos, como drogas, desemprego, problemas na escola e dificuldades para lidar com os filhos.
O nosso objetivo do é acompanhar a vida social do adolescente infrator, sem retirá-lo do convívio da comunidade à qual pertence. Ao mesmo tempo em que cumpre a medida prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, vamos buscar criar condições para que o adolescente que está em regime de liberdade assistida seja capaz de construir um projeto de vida que rompa com a prática do ato infracional, desenvolvendo a confiança e a capacidade de reflexão sobre suas vivências, dificuldades e ação no mundo.
Para isso teremos voluntários para que nos ajudem na inserção social desses meninos e meninas para que todos possam ter a oportunidade de participar de nossas oficinas de cursos profissionalizantes, e que acima de tudo volte a sonhar com um futuro.
5- TRABALHOS DESENVOLVIDOS
1- A organização não governamental Amor e Vida realiza três tipos de ações na área social:
1.1- Entrega de sopa pronta
A sopa pronta é entregue três vezes por semana, para trezentas famílias cadastradas. A mesma é feita pela própria presidente a Sra ANTONIA ALVES DE OLIVEIRA e alguns ajudantes de cozinha. Essa ação social já beneficiou mais de 20 mil famílias.
1.2- Entrega de cesta de alimentos
Uma vez por mês, recebemos doações de empresários da cidade que nos prestigiam com doações de alimentos não perecíveis, contendo mais de oito itens para montarmos a cesta básica de alimentos que será entregue as trezentas famílias.
1.3- Entrega de pertences de frangos
Duas vezes semanais a empresa de alimentos SÓ FRANGO, realiza a doação de trezentas unidades de pertences de frangos para nossa instituição, e logo fazemos a entrega aos nossos beneficiários cadastrados.
2- Outras atividades:
2.1- Educação e assistências
Além de realizar estas ações de alimentação, a ONGAV, também realiza programas sócio-educativos, como palestras ministradas por profissionais recém formados em educação física, filosofia, história, informática,sociologia etc.Estes profissionais se disponibilizam duas vezes por mês a prestarem esse significativo trabalho. Varias palestras já foram ministradas como: orientação sexual, prostituição, drogas e também temas relacionados a sua área de atuação.
2.2- Saúde
A ONGAV alem de desenvolver esses trabalhos na área social, educacional, também se preocupa com a saúde dos seus assistidos, portanto a nossa instituição conta com a colaboração de profissionais recém formados, mas que já atuam na sua área profissional, para prestarem atendimento as crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos, sendo os profissionais das áreas de cardiologia, nutrição, odontologia, fisioterapeuta, psicologia e clínico médico.
Ainda na área de saúde a ONGAV realiza consultas e acompanhamentos médicos, através de encaminhamentos feitos pela nossa instituição, para as c1inicas e escritórios dos nossos médicos colaboradores. Pacientes que necessitam de remoção, a ONGAV numa parceria formada com o centro de saúde de Santa Maria realiza a mesma com auxilio de ambulância ou carro oficial da saúde.
Estes profissionais prestam esse tipo de serviço totalmente voluntário já que sabem que esta instituição é sem fins lucrativos, sem receber nenhuma remuneração deste serviço estes profissionais realizam um ótimo atendimento aos jovens, adolescentes, adultos e idosos.
E ainda há vários outros projetos sendo organizados, escritos que em breve estarão beneficiando nossos assistidos.
6- CONCLUSÃO
Esses trabalhos desenvolvidos caminham na perspectivas para que esse jovem volte a sonhar, e isso só é possível, se o mesmo obtiver oportunidades, oportunidades de
se qualificar profissionalmente, de estudar, de poder estagiar, de ter a perspectiva clara de ser encaminhado ao mercado de trabalho.
E esses são os objetivos dessa ONG, de continuar com nossos trabalhos desenvolvidos e buscar outros, para que possamos qualificar esses meninos e meninas, oferecer estágios, por meio de parcerias (órgãos públicos e privados), com encaminhamento ao mercado de trabalho. Só assim nossos jovens voltarão a crer num futuro próximo, o qual, os mesmos poderão desfrutar de uma vida digna.
